Pedagogia em Ação

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sábado, 28 de setembro de 2013

Vamos falar de diversidade?



Anteriormente postei um vídeo que pode ajudar o professor a desenvolver um trabalho com as crianças sobre a diversidade, e devido a importância desta  temática ai vai outro livro muito interessante de Tatiana Belinky, até própria história de vida da educadora é bem interessante ai vai um pouco:

Biografia:
Tatiana Belinky nasceu em 18 de março de 1919 em Petrogrado, atual São Petersburgo, Rússia, mudando-se para Riga aos dois anos de idade. Seu pai, Aron, era comerciante e a mãe, Rosa, cirurgiã-dentista.
A menina Tatiana aprendeu a ler no idioma materno, o russo, aos quatro anos de idade e até os dez já era fluente também em alemão.
Devido à perseguição aos judeus na Rússia Soviética, a família Belinky, que era judia, resolveu se mudar para o Brasil, chegando a São Paulo em 1929.
Na adolescência, em São Paulo, Tatiana trabalhou como secretária bilíngue.
Em 1939, começou a estudar Filosofia na Faculdade São Bento, mas abandonou o curso em 1940 em razão de seu casamento com o médico Júlio de Gouveia.
De 1948 a 1951, criou com o marido várias adaptações de histórias infantis para teatro.
 Nessas encenações, Tatiana fazia o roteiro e o marido, a direção.
As peças eram encenadas em teatros da Prefeitura de São Paulo, com recursos da prefeitura.
Em 1952, o casal encenou sua bem-sucedida adaptação “Os três ursos” na extinta TV Tupi.
Com o sucesso da encenação na televisão, a Tupi convidou o casal a elaborar o programa “Fábulas Animadas”, preenchendo uma lacuna da programação da época para o público infanto-juvenil.
 Em seguida, o casal fez a primeira adaptação televisiva do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, de Monteiro Lobato, exibida em horário nobre.
Seguiram-se outros programas de sucesso, sempre na linha de adaptações para o público infanto-juvenil, que estiveram no ar por um total de 13 anos, até 1966.
 Esses programas tinham sempre o propósito explícito de estimular a leitura entre os jovens, criando nestes a curiosidade de ler os originais das adaptações.
Paralelamente à atividade como roteirista de teatro e televisão, Tatiana Belinky deu início, em 1952, à atividade como tradutora literária, iniciada com suas adaptações de peças de teatro infantis e contos russos.
 Traduziu mais de 80 livros do russo, alemão, inglês e francês.
Entre os textos que traduziu e adaptou estão obras de autores como Dostoiévski, Tolstói, Gorki, Gogol, Turgueniev, Goethe, Brecht, Irmãos Grimm e Lewis Carroll.
Sua especialidade sempre foi a literatura infantil russa, ajudando a divulgar a cultura russa entre crianças e adolescentes.
Também atuou, a partir de 1972, como crítica de literatura infanto-juvenil e de teatro, como colaboradora dos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e Jornal da Tarde e da TV Cultura.
Em 1985, começou sua atividade como autora de livros infantis, publicando sua primeira obra em 1987 com o título Limeriques (poesias).
 Desde então, não parou de produzir poesia, prosa, ficção e livros didáticos.
 Grande parte dessa prolífica produção de cerca de 100 livros tem o público infanto-juvenil como alvo. Recentemente, tem publicado livros de crônicas e memórias.
Tatiana Belinky é autora premiada em literatura e teatro.
Recebeu o Prêmio Mérito Educacional em 1979, e o Prêmio Jabuti de Personalidade Literária do Ano em 1989, entre outras premiações.
Na área de tradução, recebeu o Prêmio Monteiro Lobato de Tradução em 1988 e 1990.
Em 1994, deixou de atuar como tradutora, mas não abandonou, entretanto, sua atuação como escritora



MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA.wmv



Essa é uma boa forma de abordar a diversidade em sala de aula

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Sequência didática de ciências

Oi gente, boa noite hoje estarei postando uma Sequência Didática que eu e minhas amigas produzimos nesse semestre espero que gostem.

Autoras: ANA CLÁUDIA, MAYARA SOUSA, TAMIRIS PATRÍCIA E THAMYRES DE CARVALHO
JUSTIFICATIVA
Escolhemos tratar desse tema (DESMATAMENTO E INVASÃO URBANA POR ANIMAIS) por ser interessante e atual. Além disso, a temática Educação Ambiental, é defendida também por nossa legislação, através da Lei Nº 9.795/99, que diz, em seu Artigo 2º que a mesma “é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal”. Nossa sequência didática aborda um dos temas dessa temática geral. Lembrando que a mesma lei define, em seu Artigo 1º, Educação Ambiental como:
Os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.(BRASIL, 1999)
            Logo, cientes de que “todos têm direito à educação ambiental” (Artigo 3º da Lei Nº 9.795/99), escolhemos o tema DESMATAMENTO E INVASÃO URBANA POR ANIMAIS para elaboração de uma sequência didática, mas não queríamos propor a exploração de tal tema por meio de metodologias tradicionais, como por exemplo, exposição conteudista e mera reprodução de conceitos.
Então propomos um trabalho de forma investigativa visando contribuir no processo de alfabetização científica dos educandos. Para tanto, buscamos embasamento em LIRA e TEIXEIRA , que afirmam ser necessário ir além da reprodução de meros conceitos.
A concepção de aulas de ciências que extrapolem a assimilação e reprodução mecânica de conceitos e métodos defende o desenvolvimento de um processo centrado nos significados, sentidos e aplicabilidade dos conhecimentos científicos nas situações cotidianas. A relação entre o saber e o fazer científico com a vida da sociedade deve ser uma prática privilegiada e, constantemente estimulada nas nossas salas de aula desde os anos iniciais da escolarização, garantindo a promoção da alfabetização científica através do desenvolvimento de habilidades de ação e investigação. (LIRA e TEIXEIRA, )       
Diante disto, nossa proposta busca construir o conhecimento científico sobre o eixo da biodiversidade – que é a existência de uma grande diversidade de espécies animais, vegetais e de microrganismos em determinado habitat natural, a biodiversidade se desenvolve a partir da inter-relação entre os seres vivos, mais os elementos naturais indispensáveis ao desenvolvimento da vida, ela funciona como uma máquina, em que animais e vegetais são suas engrenagens. Por exemplo, se uma espécie de vegetal for comprometida, poderá ocasionar a extinção daquele animal que o tem como base de sua dieta – numa perspectiva sócio ambiental, ou seja, os estudantes poderão perceber a ação humana sobre a natureza – sobre a flora, que é o conjunto de espécies vegetais duma região – pois esta ação  a qual nos referimos  está presente em todos os continentes e afeta diretamente o ser humano, trazendo consequências. Nesse caso específico, a ação mencionada é o desmatamento, que é a degradação da vegetação de uma região.
A consequência da qual trataremos é a invasão de animais na área urbana, pois, o desmatamento também afeta diretamente a fauna – que é o conjunto de espécies animais duma região − principalmente porque, lhes tira o habitat — que é o lugar residido por uma raça, um animal, uma planta em estado natural e o alimento, fazendo com que estes animais se desloquem para áreas urbanas em busca de um novo habitat e de alimento. O que evidentemente afeta diretamente a vida dos seres humanos.
A escola é um meio excelente para conscientizar crianças e jovens de que, já que precisamos extrair recursos da natureza, devemos fazer de forma a amenizar o máximo possível o desequilíbrio ambiental. Mas a exploração dos recursos ambientais vem crescendo cada vez mais e as estatísticas mostram que isso não tem sido feito de forma sustentável.
Dos 100% de suas florestas originais, a África mantém hoje 7,8%, a Ásia 5,6%, a América Central 9,7% e a Europa Ocidental – o pior caso do mundo – apenas 0,3%. O continente que mais mantém suas florestas originais é o Americano, onde a América do Sul mantém 54,8% de suas florestas originais. (PORTAL BRASIL, 2010)
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) relata indicadores que revelam a preservação de apenas 12% da área original da Mata Atlântica, sendo este o bioma mais devastado do País. De 1,8 milhão km², sobraram 149,7 mil km². A área desmatada chega a 1,13 milhão km² (88% do original) - quase o Estado do Pará e mais que toda a região Sudeste. Depois da Mata Atlântica, o Pampa gaúcho é o mais desmatado: perdeu 54% de sua área original, de 177,7 mil km² até 2009. A devastação do Cerrado, segundo maior bioma do País, chegou a 49,1% em 2010. Na edição anterior dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), divulgada há dois anos, o IBGE havia apontado devastação de 48,37% do Cerrado. Em dois anos, foram desmatados 52,3 mil km² - quase o Estado do Rio Grande do Norte. A caatinga perdeu 45,6% de seus 826,4 mil km² originais. O Pantanal é o menor e mais preservado bioma: perdeu 15% da área total de 150,4 mil km².  Isto sem mencionar Amazônia. As informações referem-se a 2009.
Nesse contexto os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais), trazem uma proposta de ensino dos temas relacionados à Educação Ambiental de forma transversal e em seu texto dispõe os objetivos para o mesmo:
·         Identificar-se como parte integrante da natureza e sentir-se afetivamente ligados a ela, percebendo os processos pessoais como elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em relação ao meio ambiente;
·         Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo propositivo, para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida;
·         Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis;
·         Compreender que os problemas ambientais interferem na qualidade de vida das pessoas, tanto local quanto globalmente;
·         Perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de causa/efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente diante das condições ambientais de seu meio;
·         Compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejo
·         dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-dia. (BRASIL, MEC, 1997)
Com tais objetivos, os conteúdos são apresentados em três blocos, entre os conteúdos destacamos aqueles que são focos desta sequência: “Valorização do manejo sustentável como busca de uma nova relação sociedade/natureza”, “Crítica ao uso de técnicas incompatíveis com a Sustentabilidade”, “Conhecimento dos problemas causados pelas queimadas nos ecossistemas brasileiros”, entre outros.
Diante da realidade de altos índices de desmatamento e da divulgação cada vez mais frequente de notícias relatando o deslocamento de animais para áreas urbanas e de ataques, o nosso objetivo com a presente sequência é despertar nos alunos a responsabilidade com o meio ambiente, mostrando que nossa ação sobre a natureza deve ser pensada de forma a amenizar, o máximo possível, o desequilíbrio ambiental, para que novos valores sejam desenvolvidos e que estes reflitam nas ações dos mesmos sobre natureza, cuidando melhor do meio ambiente.

                                OBJETIVO GERAL

Despertar nos alunos responsabilidade com o meio ambiente.


                                     OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar as causas do desmatamento no Brasil;

Relacionar fatores que favorecem a migração dos animais para o ambiente urbano;

Perceber quais as consequências para os seres humanos através do desmatamento e migração dos animais para as áreas urbanas.

AULA 1:  O  “HOMEM”  E  A  NATUREZA: SOMOS  PARTE  DELA?
INTRODUÇÃO AO TEMA:
1º momento: Iniciaremos explicando aos alunos o tema da aula será O  “homem”  e  a  natureza: somos  parte  dela? E para que eles entendam essa relação, exibiremos o filme “Os sem floresta”, com duração de 1 hora e 23 minutos.

SINOPSE: Os animaizinhos da floresta acordam de suas longas hibernações e dão de cara com uma enorme construção no lugar de seu habitat natural. Essa construção é de um condomínio de casas, o que obriga os animais a conviver diretamente com os humanos. No começo os animais se assustam não só com a construção, mas como os hábitos de vida dos humanos, até que eles aprendem a tirar proveito da situação. (http://cinemadacaracol.blogspot.com.br/)

2º momento: Ao término do filme, pediremos que os alunos recontem o enredo, enfatizando no que mais lhes chamou atenção. Então lançaremos as seguintes questões para que seja realizado um debate tais como: Por que vocês acham que o título do filme é “Os sem floresta”? O que os animais perceberam que tinha acontecido quando acordaram?
Após o debate sobre o filme os alunos lerão o texto Habitat (http://escola.britannica.com.br/article/481439/habitat), para então prosseguirmos com os questionamentos: Qual é o habitat (lugar natural de vida/ moradia) natural desses animais? O que aconteceu com o habitat natural desses animais? Com o que aconteceu, o habitat desses animais mudou ou eles passaram a frequentar outros ambientes? Por quê? O que eles foram buscar nesse novo ambiente? Os animais agem de forma diferente ao conhecer um lugar que antes não existia? Por que vocês acham que eles fazem isso? Será que aquele lugar já fazia parte do habitat natural deles? Será que isso acontece na realidade? Você conhece algum caso? (40 minutos)
3º momento: cada aluno receberá um álbum seriado em branco, que terá páginas dedicadas a cada aula (contendo a temática de cada dia) com o fim de ser construído durante as aulas. Então, nestas páginas eles deverão escrever ou desenhar o que aprenderam na aula ou o que mais gostaram e/ou chamou atenção. Nesta primeira aula, seus registros serão guiados pela seguinte frase: “Registre, através de texto ou desenho, o que mudou para os animais após a construção do condomínio (dica: antes e depois)”. (30 minutos)
Exemplo:
 


O título do álbum será escolhido pelos alunos na última aula

AULA 2: O DESMATAMENTO
1º momento: Relembraremos brevemente o enredo do filme exibido na aula anterior, para assim induzir aos alunos a percepção que a ação exercida pelo “homem” no habitat dos animais do filme, especificamente é o desmatamento que aconteceu para construir um condomínio, afetou a vida do homem e dos próprios animais. Dessa forma, levaremos os alunos a entenderem o conceito de desmatamento, que seria a degradação da vegetação de uma região, e o conceito de flora, que é o conjunto de espécies vegetais duma região. (40 minutos)
Após pediremos aos alunos que procurem no dicionário o conceito de flora, depois induziremos um debate sobre o que os mesmos entenderam, em seguida sairemos numa pequena excursão nos arredores da escola pedindo que os alunos identifiquem mais de perto as espécies vegetais do meio em que vivem e como elas se desenvolvem. Para isso é necessário que os estudantes façam anotações das espécies encontradas tais como: para cada tipo de vegetal - os alunos devem identificá-la com o nome científico e/ou nome vulgar, fazer um esboço da planta inteira e assinalar se ela tem flores, frutos, sua altura estimada, se cresce na sombra ou no sol, perto ou longe da água, na terra arenosa ou em meio a pedras, se há espinhos, raízes aéreas, enfim, todos os dados que considerar importantes. Os alunos podem desenhar ou tirar fotos das espécies vegetais encontradas, no seu álbum seriado. De volta à sala discutiremos sobre a experiência levando os alunos a refletir se a espécie vegetal encontrada por eles podem ter sofrido ou não com a ação do desmatamento (2:00 horas)

2º momento: os alunos terão 30 minutos para fazer o registro individual no álbum seriado. A pergunta que vai guiar o registro (texto ou desenho) é: “O que é o desmatamento? Fale sobre as consequências do desmatamento?”.

3º momento (20 minutos): solicitaremos que os alunos façam uma pesquisa sobre casos reais de animais que se deslocaram para áreas urbanas. A pesquisa deve ser feita em jornais (impressos ou televisivos), revistas e/ou internet (se for possível. enfatizando que é importante que eles tragam essa atividade para a próxima aula). Como “plano B”, faremos algumas pesquisas e levar para sala de aula, para o caso de alguns ou todos os alunos não realizem a pesquisa. Alguns sites podem ser indicados para que os alunos não apresentem dificuldades em encontrar tais notícias solicitadas, por exemplo:





AULA 3:  SÃO OS ANIMAIS QUE ESTÃO INVADINDO  A  ÁREA  URBANA  OU É O SER HUMANO QUE CADA VEZ  MAIS INVADE O HABITAT DOS ANIMAIS?
1º momento: Pediremos que os alunos exponham os resultados de suas respectivas pesquisas. Caso os alunos os alunos não realizem a pesquisa solicitada, socializaremos o resultado das pesquisas feitas por nós, tais como: “Gaviões fazem ninho em escola de Campinas (SP) e ataques preocupam pais e professores (contendo vídeo com duração de 2 minutos e 6 segundos); E por causa de desmatamento, Rio tem ‘invasão’ de animais selvagens.” Serão exibidos também os vídeos e as imagens que compõem a notícias. Então, posteriormente realizaremos um debate sobre as reportagens. (1 hora)

2º momento: Neste momento da aula focalizaremos sobre a questão do deslocamento de animais de seus habitats naturais para áreas urbanas que é apenas uma das várias consequências acarretadas pelo desmatamento, assim, se faz necessário citar outras consequências, como por exemplo: Elevação das temperaturas, proliferação de pragas e doenças e empobrecimento dos solos. (30 minutos)

3º Momento: O julgamento: algumas crianças devem ser escolhidas para serem os animais, (que acusarão os construtores de invadirem os seus espaços e de ficarem sem casa já que os construtores estão acabando com o seu habitat, outros animais falarão que não irão sair de onde moram e que os humanos devem ir embora já que eles chegaram primeiro). Os construtores (que deverão se defender em nome do progresso e do avanço para que os seres humanos vivam bem e que para isso aquele ambiente deve ser modificado), os pedreiros (que deverão falar que precisam alimentar suas famílias e que por isso precisam trabalhar).  E os juris (que se juntarão para conceber o veredito final). Após todos envolvidos falarem o julgamento terá um rebatimento, ou seja, todos terão novamente direito de falarem para que os juris tomem a decisão. Após a decisão dos Juris induziremos sobre o juízo emitido se foi favorável ou não a ambas às partes e como ele poderia ter acontecido de modo que beneficiasse a todos os envolvidos.  (40minutos)

4º momento: Após o julgamento, os alunos farão o registro individual no álbum seriado. A questão que guiará o registro será o próprio tema da aula: “São os animais que estão invadindo a área urbana ou é o ser humano que cada vez mais invade o habitat dos animais?”. (30 minutos)
  

AULA 4: AS CONSEQUÊNCIAS PARA O SER HUMANO DO DESLOCAMENTO DOS ANIMAIS PARA ÁREAS URBANAS
1º momento: Iniciaremos a aula com a leitura deleite do livro “Quem é o centro do mundo?” de Clara Rosa Cruz Gomes, que “objetiva contribuir para a reflexão sobre o egocentrismo do homem em relação à natureza, ao levar o leitor a perceber as consequências negativas desse comportamento para o futuro da espécie humana. A temática, bastante atual, ganha relevância à medida que se estabelece, na obra, a relação entre o respeito do ser humano pela natureza, pelos animais, e a vida em equilíbrio no planeta. Facilmente, o leitor conclui que algumas de suas ações podem comprometer esse equilíbrio, gerando danos a todas as formas de vida existentes” (Acervos Complementares, MEC, 2012, p. 84). (30 minutos)

2º momento: Aprofundaremos a discussão trazida pelo livro, perguntando: no filme que assistimos no primeiro encontro, os moradores do condomínio também sofreram com a invasão dos animais? O que houve? (30 minutos)

3º momento: dividiremos a turma em quatro grupos e colocaremos no chão da sala cartões com palavras diversas e outras relacionadas às consequências que o deslocamento desses animais para áreas urbanas traz para o ser humano, como por exemplo: envenenamento, doenças, dengue, raiva, furto de objetos, furto de alimentos, lesão física, morte e estresse. Cada grupo deve pegar no chão, no mínimo, dois cartões. Cada grupo deve explicar o porquê escolheu determinado cartão e como a palavra registrada no cartão está relacionada ao desmatamento. (30 minutos)

4º momento: Neste momento realizaremos a dinâmica: Cadeia Alimentar, essa atividade é para ser aplicada ao ar livre, tanto professores de ciências como de educação física podem aplicá-la. Através dessa dinâmica de grupo, o professor poderá ensinar como funciona a cadeia alimentar e qual a sua importância para o equilíbrio do ecossistema.

Material: 5 vendas de olhos, 5 sininhos ou algo que faça barulho ao balançar.

Inicio: O professor poderá resgatar com os alunos, o conceito de cadeia alimentar. Poderá começar perguntando: O que o cachorro come? O gato? E o leão? E o passarinho? Quem come o passarinho? Poderíamos colocar numa sequência? Qual seria?
O professor poderá começar a atividade, formando um ciclo com os alunos de aproximadamente 4 metros de diâmetro. Três crianças devem começar a atividade, uma será a onça (ou outro predador). E as outras duas crianças seriam as presas (coelho, veado, ou qualquer outro animal que serve de alimentação para a onça. O professor poderá pesquisar com os alunos, quais são esses animais). As demais crianças continuam formando o círculo e serão as plantas (a base da cadeia alimentar), elas deverão ficar sentadas durante a brincadeira. As três crianças deverão ter os olhos vendados. Cada criança – coelho deverá levar, amarrado ao pulso, um sininho. A onça e coelhos serão colocados dentro do círculo. Ao comando da professora, a onça deverá tentar pegar um coelho. Por sua vez, os coelhos deverão tentar pegar as plantas.
A onça e o coelho não poderão sair do circulo de alunos, quem for pego, planta ou coelho, deverá sair da brincadeira. O professor deve estipular um tempo para acabar o jogo, por exemplo 15 minutos.
Num segundo jogo, o professor poderá modificar o número de onças e de coelhos.

Acordo: No acordo coletivo, o professor poderá estimular os alunos a pensarem: O que vai acontecer com os coelhos que não conseguiram comer as plantas? Se colocássemos mais onças? O que aconteceria com os coelhos? E com as plantas? O que aconteceria se tivéssemos mais coelhos do que plantas?

Registro: O registro poderia se: uma redação sobre a importância da cadeia alimentar; descrever diversas cadeias alimentares existentes ou uma tabela sobre o jogo. Dinâmica encontrada em: http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=ema&cod=_1-20


5º momento: Chegou o momento de fazer o registro no álbum seriado, mais uma vez entregaremos o álbum de cada aluno e dessa vez eles deverão escrever ou desenhar a respeito das seguintes questões:
Quais são as consequências do desmatamento para os animais?

                                                           



Quais são as consequências do desmatamento para o ser humano?





30 minutos

AULA 5: SE PRECISAMOS DOS RECURSOS NATURAIS DA FLORA, COMO PODEMOS EXPLORÁ-LOS DE FORMA SUSTENTÁVEL?
1º momento: Iniciaremos a aula lançando a questão tema dessa aula: Se precisamos os recursos naturais, como podemos explora-los de forma sustentável? De que forma podemos retirar da flora frutos, resinas, cipós, madeira, óleos, etc sem cometer o crime de desmatar e sem contribuir para o desequilíbrio ambiental?
Para que os alunos confirmem suas respostas ou as repense, exibiremos o vídeo “Projeto Ambé de manejo florestal comunitário realizado na Floresta Nacional do tapajós” (http://www.youtube.com/watch?v=TQuG-EC8NTs) com duração de 4 minutos e 5 segundos, que fala de um projeto que promove o manejo sustentável de recursos naturais na Floresta Nacional do Tapajós e mostra como ele ocorre. Através do vídeo mostraremos as vantagens de um manuseio sustentável. (40 minutos)

2º momento: Através de imagens, mostraremos que também é possível gerar renda extraindo os recursos da flora de forma sustentável, sem destruir o habitat dos animais e sem deixa-los sem alimento suficiente, para que eles não precisem se deslocar para outros ambientes. Essas imagens serão dos resultados do beneficiamento de frutos, sementes, cipós, etc, como por exemplo: sabonete de aroeira, cestas de cipó, colares de sementes. (40 minutos)

3º momento: Distribuiremos para cada aluno um pedaço de papel guache verde (de um tamanho que caiba a mão do aluno) e um piloto preto. Os alunos terão que contornar a mão com o piloto em cima do guache e recortar. Nessa mão de papel deve ser escrita uma coisa/atitude que podemos fazer para que o desequilíbrio ambiental não aumente, ou seja, um meio de extrair recursos naturais sem que a fauna e a flora sofram as consequências dessa extração. Os primeiros alunos a concluírem esta etapa da atividade devem desenhar e recortar um tronco numa folha de papel guache marrom. Quando todas as mãos de papel estiverem prontas, eles devem colar todas as peças da árvore em uma das paredes da sala de aula. (40 minutos)
4º momento: O tema do registro dessa aula será a própria questão que a nomeia: “Se precisamos dos recursos naturais da flora, como podemos explorá-los de forma sustentável?” (30 minutos)



AULA 6: PRODUÇÃO FINAL

1º momento: Inicialmente os alunos elencarão títulos para seus álbuns, enquanto isso, faremos o registro no quadro para que eles possam escolher o que mais gostaram. (10 minutos)

2º momento: A turma será dividida em cinco grupos para que seja realizado um sorteio com o tema de cada aula anterior. Todavia, os alunos que pegarem o tema da primeira aula, por exemplo, terão que organizar um texto coletivo, partindo das produções individuais de cada componente do grupo e ampliando, com a colaboração de todos, a discussão acerca do tema. Este texto poderá conter ilustrações desde que condigam com a temática. Todos os grupos realizarão esta atividade, pois, a intenção é que cada grupo produza um capítulo do álbum seriado coletivo, para que haja a conscientização de outras pessoas acerca do tema “Desmatamento e a invasão urbana por animais”, já que o mesmo será distribuído. (1 hora)

3º momento: Ao término da produção, cada grupo terá seu representante que lerá o texto e os demais alunos opinarão sobre o conteúdo exposto. Dirão se está condizente ou não com o que foi trabalhado na aula. (40 minutos)

4º momento: O professor lerá novamente, o texto de cada grupo e, caso for necessário, fará uma intervenção nos aspectos ortográficos, estruturação e de pontuação dos textos, realizando uma correção coletiva com todos os alunos. (30 minutos)

5º momento: Após a correção, os alunos juntos com a professora escolherão duas ilustrações (as melhores) realizadas durante as aulas pela turma, para compor as capas do livro / álbum seriado coletivo. Este livro deve ser xerocado e distribuído pela escola ou ao menos para cada professor das outras turmas para que eles possam ler para os seus alunos durante suas aulas. (20 minutos).

Avaliação: Dar-se-á de maneira processual e continua através da participação dos educandos em todas as atividades solicitadas observando a compreensão dos mesmos sobre o assunto abordado por meio da construção do álbum seriado. 
ANEXO



Acervos complementares: alfabetização e letramento nas diferentes áreas do conhecimento / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2012.